Casou por imposição e amou assim mesmo.
Religiosa, aceitou a filha gay
Maria Gonçalves
Entre um maço e outro de cigarros, Maria Gonçalves casou-se, criou dez filhos, mimou seus 21 netos e seus cinco bisnetos. Nasceu em uma família em que a religião era mais importante que qualquer outra coisa. Casou-se por ordem de seus pais e aprendeu a amar e cuidar de seu marido. Lutou contra o preconceito para poder trabalhar. De Maria Gonçalves, passou a ser conhecida no Bairro Alto como Maria dos Doces.
Ajudou a filha mais velha a superar o preconceito por sua opção sexual e lutou para que seus filhos estudassem sempre em bons colégios.
Aos 70 anos, descobriu que estava com diabetes e que teria que mudar alguns de seus hábitos para que a doença não piorasse. De todas as recomendações, a única que não seguiu foi parar de fumar.
Até dois dias antes de falecer, Maria dos Doces fumava seu cigarrinho matinal. Costumava dizer que o mal está na cabeça das pessoas e que sem seu companheiro de uma vida, o cigarro, não viveria nem um dia mais.
Maria deitou-se na noite do dia 6 de agosto de 2011, reclamando que estava com uma dor impertinente de cabeça. Não acordou.
Aos 75 anos, deixou marido, filhos, netos e bisnetos.
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