quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Obituário # 2: Antônio de Araújo, por Polianna Nogueira

Fumava e cavalgava aos 87

Antônio de Araújo

Antônio de Araújo nasceu, cresceu e morreu, aos 87 anos, em Tomazina, cidade paranaense com mais ou menos nove mil habitantes. Sempre trabalhou na roça, e acabou casando muito cedo. Pouco tempo depois ficou viúvo e, então, decidiu se casar novamente. Com a segunda esposa, teve sete filhos. 

Antônio é lembrado pela sua força de vontade. Era sorridente, adorava dançar e contar piadas. O sítio em Tomazina vivia cheio de gente e as festas eram temperadas com muita comida, música e dança. O cigarro de palha, que ele mesmo fazia, sempre estava à mão.

Mas pitar não era seu único desleixo com a saúde. Apaixonado por cavalos, Antônio não parou de cavalgar mesmo convalescente de uma cirurgia, o que lhe rendeu problemas pelo resto da vida.

Na última semana de julho, Antônio estava planejando outra grande festa, para comemorar o aniversário de seu primo. Só de Curitiba, dois microônibus trariam o resto da família para a comemoração. Sentado na varanda, Antônio conversava com sua mulher e seu filho quando as dores no peito se revelaram um infarte fulminante.

Ele deixou sete filhos, dezessete netos e quatro bisnetos.  

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