De cueca, não era rápido como um tigre
César Augusto Druszcz
César Augusto Druszcz, mais conhecido por Cezinha pelos amigos, faleceu no dia 22 de julho, um dia após completar 26 anos.
No caminho entre o trabalho e sua festa de aniversário, se desequilibrou da moto que conduzia e bateu na traseira de um caminhão.
O auxiliar de limpeza costumava chegar em casa animado nas sextas- feiras, mesmo após os dias mais duros de trabalho, gritando e buzinando para que sua mãe abrisse o portão.
A irmã Rubia Cristina lembra que ele atendia aos amigos no portão de casa usando apenas cueca. E ninguém mais se espantava com a excentricidade, acostumado com o bom humor de Cezinha.
Quando tinha 19 anos, Cezinha fez uma tatuagem de tigre, nas costas, às escondidas de sua mãe, a dona Leila. Toda noite seguia furtivamente até o quarto da sua irmã para que ela aplicasse pomada e colocasse a proteção no local da tatuagem.
O segredo durou até que um dia, distraído, foi receber amigo no portão no seu pouco traje de costume.
Cesar teve que sair correndo pela casa para não apanhar de sua mãe. Mas como a velocidade não era a mesma do felino que decorava suas costas, precisou de pomada, dessa vez, para sarar da surra.
Passagens pela polícia e desentendimentos em casa fizeram parte da sua vida. Mas a família nem toca no assunto. Deixou, além de Leila e Rúbia, o irmão Gustavo.
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